Burnout no trabalho: sintomas, causas e como identificar o esgotamento profissional

Burnout no trabalho: descubra os sinais além do cansaço, entenda suas causas e saiba como proteger sua saúde mental e qualidade de vida.

TRABALHO

Felipe Almada

8/22/20252 min read

Você já se pegou acordando sem energia, mesmo depois de dormir bem? Ou sentiu um cansaço emocional profundo só de pensar nas tarefas do dia? Talvez tenha se perguntado: “Será que estou apenas cansado ou tem algo mais acontecendo?”

Esse “algo mais” pode ser o burnout, uma condição ligada ao trabalho que, quando ignorada, pode comprometer não apenas sua saúde mental, mas também física e social.

O que é burnout?

De acordo com a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças), o burnout é definido como uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) resultante do estresse crônico relacionado ao trabalho que não foi gerenciado com sucesso. Seus principais elementos são:

  1. Exaustão emocional: sensação de esgotamento constante.

  2. Cinismo ou distanciamento mental em relação ao trabalho.

  3. Queda da performance profissional.

Não se trata de “fraqueza” ou “falta de resiliência”, mas de uma resposta ao excesso de demandas sem recursos adequados para lidar com elas.

Sintomas que vão além do cansaço

O burnout pode se manifestar de formas variadas, nem sempre fáceis de identificar. Alguns sinais frequentes incluem:

  • Insônia ou sono não reparador;

  • Irritabilidade, impaciência e explosões emocionais;

  • Sensação de vazio ou falta de propósito no trabalho;

  • Sintomas físicos recorrentes (dores de cabeça, problemas gastrointestinais, tensão muscular);

  • Isolamento social ou falta de motivação para interações;

  • Dificuldade em desligar do trabalho, mesmo fora do expediente.

Por que o burnout está tão presente hoje?

Vivemos em uma cultura de alta performance, onde a produtividade muitas vezes vale mais que o bem-estar. Com a pandemia e a intensificação do home office, fronteiras entre vida pessoal e profissional ficaram ainda mais borradas.

Além disso, contextos de insegurança no trabalho, excesso de metas e falta de reconhecimento criam um terreno fértil para o burnout se instalar. Lembrando que, como qualquer condição de saúde mental, não existe uma causa única e exclusiva para o burnout, mas sim uma soma de fatores que pode desencadeá-lo em alguns indivíduos.

O que fazer diante do burnout?

A boa notícia é que o burnout tem tratamento. A Psicologia Baseada em Evidências oferece estratégias eficazes, como:

  • Psicoeducação: entender como ele funciona e reconhecer gatilhos;

  • Técnicas de manejo de estresse: aprender a responder de forma mais saudável às pressões do trabalho;

  • Estabelecimento de limites: trabalhar habilidades assertivas para dizer “não” quando necessário;

  • Reconexão com valores pessoais: resgatar propósito e sentido além das tarefas do dia a dia.

Em alguns casos, pode ser indicado também acompanhamento médico para avaliar sintomas físicos ou uso de medicação.

Conclusão

O burnout não é sinal de fraqueza, mas de que algo no ambiente de trabalho (ou na forma como nos relacionamos com ele) precisa mudar. Ignorar os sinais só prolonga o sofrimento. No consultório, percebo que muitos pacientes só reconhecem o burnout quando o corpo já começa a dar sinais físicos intensos. Faz toda diferença se cuidar antes de chegar à esse ponto!

Reconhecer que o trabalho está começando a adoecer sua mente é um passo de coragem. Buscar apoio profissional pode abrir espaço para reconstruir energia, redefinir prioridades e recuperar qualidade de vida.

No fim, não se trata apenas de “trabalhar melhor”, mas de viver melhor.

Quer começar a se cuidar hoje?

Entre em contato comigo e agende sua primeira sessão. Juntos, podemos construir um espaço seguro para que você entenda melhor suas dificuldades e encontre caminhos para viver com mais leveza e equilíbrio.